sábado, 5 de dezembro de 2009

Moka viabilizou recursos para PSF São Francisco e S. Pedro





Segundo o vereador Tião Sereia o deputado federal Valdemir Moka foi quem viabilizou junto ao Governo Federal o recurso para a execução da obra na gestão do ex-prefeito. “Felipe Orro omitiu da população este fato”, disse.

Felipe Orro não narrou a verdade dos fatos no panfleto distribuído, esqueceu de dizer que ao tomar a decisão de mudar o local sem comunicar ao Ministério da Saúde trouxe inúmeros prejuízos à comunidade e principalmente ao setor da saúde que teve recursos bloqueados e ainda cometeu improbidade administrativa. “Uma equipe do Ministério da Saúde esteve no bairro este ano para fiscalizar a execução do projeto e não localizou a Unidade de Saúde que deveria ter sido construída ao lado da sede da Associação de Moradores o que gerou o bloqueio de recursos da saúde”, disse o edil.

Para garantir os recursos o prefeito de Aquidauana Fauzi Suleiman acionou a justiça e o recurso para o 2º PSF foi liberado, porém se fazia necessário a assinatura do ex-prefeito na justificativa da mudança de local e em outros documentos. “Foi uma luta contra o tempo, pois o ex-prefeito Felipe Orro ficou 40 dias com a documentação e não assinou”, disse Tião Sereia.

Este fato trouxe inúmeros prejuízos a população de Aquidauana no que diz respeito a investimentos no setor da saúde, segundo informações do vereador Tião Sereia; e se o ex-prefeito Felipe Orro não assinasse a documentação quem iria pagar a conta seria o povo mais humilde que habita a periferia da cidade e necessita de atendimento médico de qualidade. “Por isso estávamos atrás do ex-prefeito Felipe Orro que sob pressão da imprensa e nossa, resolveu assinar a documentação”. Ao assinar a documentação Felipe Orro corrigiu um erro de sua gestão e o fêz por pressão da comunidade e pelo apoio da imprensa.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aquidauana: morre Allyrio Verlangieri de Castro, herói da Força Expedicionária Brasileira


Faleceu neste 16 de outubro, devido a falência múltipla de órgãos o Sr. Allyrio Verlangieri de Castro, combatente da 2ª Guerra Mundial - Campanha da Itália (1944-1945), que integrou 9° Batalhão de Engenharia– da Força Expedicionária Brasileira (FEB), primeira tropa brasileira a entrar em combate no Front italiano a 06 de setembro de 1944.

O Pracinha (como são chamados os Combatentes da FEB) Allyrio Verlangieri de Castro, serviu na 2ª Companhia de Engenharia de Combate durante a Campanha da Itália, sob o comando do legendário Capitão Raul da Cruz Lima Junior que registrou a ação de guerra de sua Companhia de Engenharia no livro “Quebra Canela: A Engenharia Brasileira na Campanha da Itália."

O Cabo Allyrio Verlangieri de Castro, como integrante do 9º Batalhão de Engenharia Expedicionário, é citado como destaque por diversas vezes na obra Quebra-Canelas, por sua atuação em Campanha.

O “Héroi de Guerra” Allyrio participou dos principais combates travados naquele Teatro de Operações, como lê-se na obra em comento, tendo se destacado no ataque a localidade de Montese, que se configurava num baluarte das forças alemãs empregadas naquele teatro de operações.

A Batalha de Montese foi a epopeia, mais sangrenta da vitória da Força Expedicionária Brasileira (FEB), com 426 baixas em combate tendo os integrantes do 6º Pelotão da 2ª Companhia de Engenharia de Combate a honra de terem entrado primeiramente em Montese, lado a lado com a Infantaria.

Durante a Tomada de Montese, o Cabo Allyrio, integrando o 6º Pelotão da 2ª Companhia de Engenharia de Combate, foi escalado com seu pelotão a acompanhar o ataque da 1ª Companhia de Infantaria do 11º Regimento de Infantaria, tendo permanecido no ataque àquela localidade por quatro jornadas, conforme palavras do Coronel Raul da Cruz Lima Júnior: “Parece impossível que tendo passado por tantas peripécias, no trato das minas e sob pesados bombardeios, apenas tivemos feridos naquele Pelotão (. . .) além do Alyrrio Verlangieri (. . .) seu apoio às operações de Montese se fizera de maneira marcante, derramando o próprio sangue em operações arrojadas. . .”

Seu Allyrio, como era chamado carinhosamente por militares e civis, rebebeu do governo brasileiro em reconhecimento por sua atuação na Campanha da Itália a Medalha Cruz de Combate de 1ª Classe, Medalha Sangue do Brasil, além de diversas outras comendas de entidades civis e militares.

Após a guerra, ao licenciar-se das Forças Armadas, integrou-se a comunidade sendo cidadão útil, empenhado em servir ao Brasil, não buscando a glória ou louvores por seu heroísmo.

Na atualidade, quando àqueles de memória curta parecem se esquecer dos perigos dos discursos segregacionistas, dos totalitarismos de todas as matizes ideológicas, a morte do Herói de Guerra Allyrio Verlangieri de Castro, nos remete a reflexões dos horrores da guerra e de suas consequências para a população de qualquer país atingido pelos seus efeitos.

Além da necessidade de todo cidadão de combater qualquer tentativa de imposição de regimes que ameassem a paz social e a democracia.

Neste dia, a família enlutada perde um pai de família exemplar, cidadão honrado que teve uma vida ilibada e proba. O 9º Batalhão de Engenharia de Combate e o Exército Brasileiro, a cidade de Aquidauana e o Brasil perdem um herói, que contribuiu com seu sacrifício anônimo, com seu sangue, na luta contra o totalitarismo, colaborando para a construção de um mundo mais justo e democrático.

À família do Senhor Allyrio Verlangieri de Castro as condolências da sociedade aquidauanense e de seus irmãos d’armas do 9º Batalhão de Engenharia de Combate.

ABÍLIO SIZINO DE LIMA FILHO – CORONEL
Comandante do 9º Batalhão de Engenharia de Combate
9º BATALHÃO DE ENGENHARIA DE COMBATE
A CASA DO ENGENHEIRO EXPEDICIONÁRIO

sábado, 19 de setembro de 2009

Escultura da Índia Terena, na praça é justa homenagem

Vivaldo S. Melo / ACS - Foto - Sirnay Moro

A India da Praça

A escultura da Índia Terena, na Praça dos Estudantes, tem sido o centro de várias discussões. Como vivemos numa democracia, é importante que o povo fale.

Isto, contudo, não muda algumas coisas. Uma delas enfatizada na fala do próprio Cleir, o artista que desenvolveu o projeto: uma obra reflete a visão particular do seu criador.

Daí, a relevância de uma pergunta: Que índia é essa, diante da qual centenas de fotos tem sido tiradas e que está presente em várias mídias, especialmente blogs e orkuts?

Ouso dizer, com todo respeito e sem fazer apologia, que os que criticam a obra desejaram a reprodução de formas joviais, quem sabe exalando sensualidade, bem no espírito do hedonismo que predomina em nossa “cultura branca”.

Essa índia-objeto, porém, historicamente desrespeitada, usada, escravizada, não honraria a história da etnia terena nessas bandas do pantanal.

Arriscando uma interpretação particular, pelo simples desejo de me manifestar, vejo a Índia da Praça como “a índia velha” idealizada pelo meu conterrâneo – artista, poeta e escritor e “desvendador” de almas – Emmanuel Marinho.

Neste que foi o seu primeiro poema, desnuda-se uma índia que sofre as conseqüências de uma sociedade repressora e punitiva, como lembra o mestre Carlos Alberto Correia, da UFMS.

A Índia da Praça evoca lembranças e conteúdos de uma mulher – e por extensão uma raça – com direito a fala, mas que só agora o faz, mesmo sem quaisquer pronuncias. Quando a vejo penso em uma história de lutas.

É possível dizer, portanto, que ela materializa a trajetória de um povo que desejou ser feliz, quando aqui se estabeleceu, num passado longínquo – do seu jeito/com seu jeito – sem nunca consegui-lo de maneira plena.

Neste sentido, a escultura pode ser vista como uma forma de dizer: “Estamos aqui. Queremos ser vistos como somos e não do jeito que vocês querem”. A india nova, produzida, que alguns desejavam ver num canto da Praça, seria uma negação da história.

A velha índia, porém, é a síntese perfeita desta história. E pode despertar no povo de Aquidauana, doravante, o sentimento correto do respeito e quem sabe até da reparação pelo mal que já se fez.

Ao darmos a ela a voz que foi suprimida por tanto tempo e por tantos motivos, fazendo cair por terra o preconceito vil – de vê-la como parte de uma sub-raça – criaremos condições, no futuro, para que outra índia seja erigida, essa sim jovem, representando a nova visão que se criou com a presença da “velha índia”: ideal, justa e digna!

domingo, 21 de junho de 2009

Aldeia Ipegue tem “Roda de Prosa”

Alguém já disse que “a memória de um povo é fundamental para a criação e recriação de sua identidade, valores e auto-estima”.

Em Aquidauana um grupo indígena está fazendo isto, através de uma iniciativa comum à algumas comunidades brasileiras , que são as Rodas de Prosa.

Será na Aldeia Ipegue, a partir das 08h30 deste sábado (20) na Igreja Evangélica Filadélfia.

Durante grande parte do dia o grupo estará reunido para “contar e ouvir experiências de um passado que explica o presente”, conforme lembra Evanisa Mariano da Silva, presidente do Movimento Social de Mulheres Indígenas. A iniciativa conta com participação exclusiva de anciãos e anciãs.

Grande incentivador do resgate das tradições do povo terena da região, o prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB), vê o projeto “Roda de Prosa” como absolutamente essencial. “Nossa intenção é resgatar ao máximo os detalhes de sua história. A tradição oral, passada de geração a geração, através das rodas de prosa, tem um grande peso neste processo de reconstituição”, diz.

O prefeito Fauzi lembra que a Gerencia de Educação está empenhada na elaboração de material didático para ser inserido na educação do município como um todo. Atualmente nas escolas indígenas, Linguagem e Arte e Cultura terena estão inseridas nos conteúdos programáticos. Segundo o professor Arcenio Francisco Dias, do setor indígena da GEMED, iniciativas como a “Roda de Prosa” contribuem para o enriquecimento do material em fase de produção.

Agência de Comunicação Social

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Jopoin une comunidades indígenas

A abertura da quinta edição do Jopoin (Jogos dos Povos Indígenas), na última sexta-feira (29), na Escola Municipal Marcolino Lili - Aldeia Lagoinha - teve todos os ingredientes de uma festa popular. Desde a abertura, com a apresentação das equipes, até o fechamento, com uma apresentação especial do grupo andino Chaskys, do Equador, muita alegria e vibração.

Nas falas do professor Alfredinho Junior, Célio Terena, Alcerí Marques e Carlos Cabral, representando os vários setores envolvidos na realização do evento – principalmente o Governo Municipal de Aquidauana – apelos à unidade, ao trabalho e a valorização da cultura terena. Apenas o diretor da Fundação de Cultura, representando o prefeito, foi além, associando a valorização da cultura à garantia da terra.

No mais, grupos de danças, acendimento da pira olímpica, juramento do atleta – em terena e português –, queima de fogos e as interpretações do Chaskys completaram o espetáculo que deu o ponta a pé às competições que, mais do que uma mera disputa esportiva, promovem a aproximação entre as aldeias da região: Bananal, Imbirussu, Ipegue, Água Branca, Limão Verde e Lagoinha – campeã de 2008 – se inscreveram.

Entre as autoridades – Alfredinho Junior (Fundação de Esportes), Carlos Cabral (Fundação de Cultura), Ivone Nemer (representando a Gerente de Educação Luzia Cunha), Otacílio Reis (Movimentos Comunitários), Célio Terena (Coordenadoria dos Assuntos Indígenas) e Alcerí Marques (Cacique da Lagoinha), a certeza de o esporte é o melhor caminho para a união dos homens.

Resultados

ATLETISMO MASCULINO 100 MTS

1.º LUGAR - AURACÉLIO ALDEIA BANANAL
2.º LUGAR - GILDI ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR - DEILSON ALDEIA LIMÃO VERDE
4.º LUGAR - DAVI ALDEIA ÁGUA BRANCA

ATLETISMO FEMININO 100 MTS

1.º LUGAR – MARLA ALDEIA LAGOINHA
2.º LUGAR - INDIANARA ALDEIA IPEGUE
3º LUGAR – ANA CAROLINA ALDEIA ÁGUA BRANCA
4.º LUGAR - ANAIDE ALDEIA LIMÃO VERDE

ATLETISMO MASCULINO 800 MTS

1.º LUGAR – JEAN FABRICIO ALDEIA BANANAL
2.º LUGAR - MATEUS ALDEIA ÁGUA BRANCA
3º LUGAR – LAÉRCIO ALDEIA ÁGUA BANANAL
4.º LUGAR - CÉSAR ALDEIA LIMÃO VERDE

ATLETISMO FEMININO 800 MTS

1.º LUGAR – TAIANARA ALDEIA IPEGUE
2.º LUGAR - ANA CARLA ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR - CACIANE ALDEIA LAGOINHA
4.º LUGAR - NADIELE ALDEIA BANANAL

ATLETISMO – MASCULINO - SALTO EM DISTÂNCIA

1.º LUGAR – ALEX ALDEIA LAGOINHA
2.º LUGAR - AURACÉLIO ALDEIA BANANAL
3º LUGAR - ERIK MORAES ALDEIA LAGOINHA
4.º LUGAR - ANANIAS ALDEIA ÁGUA BRANCA

ATLETISMO - FEMININO – SALTO EM DISTÂNCIA

1.º LUGAR – CEANE ALDEIA LAGOINHA
2.º LUGAR - THAIS ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR - LEONARA ALDEIA LIMÃO VERDE
4.º LUGAR - SIRLEI ALDEIA LIMÃO VERDE

ATLETISMO – MASCULINO – 1500 MTS

1.º LUGAR – JEAN FABRICIO ALDEIA BANANAL
2.º LUGAR - LAÉRCIO ALDEIA BANANAL
3º LUGAR - CLEBERSON ALDEIA LAGOINHA
4.º LUGAR - ÉRICK ALDEIA LAGOINHA

ATLETISMO - FEMININO – 1500 MTS

1.º LUGAR – CRISLAINE ALDEIA LIMÃO VERDE
2.º LUGAR - INDIANARA ALDEIA IPEGUE
3º LUGAR - CEANE ALDEIA LAGOINHA
4.º LUGAR - THAIS ALDEIA LAGOINHA

TRADIÇÕES NATIVAS MASCULINO

1.º LUGAR – DINICK ALDEIA IPEGUE
2.º LUGAR - ALCERI ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR - DOZENILDO ALDEIA LIMÃO VERDE

TRADIÇÕES NATIVAS FEMININO

1.º LUGAR – ESTELA RODRIGUÊS ALDEIA BANANAL
2.º LUGAR - TAIANARA ALDEIA IPEGUE
3º LUGAR – SÔNIA ALDEIA LAGOINHA
4.º LUGAR - ALESSANDRA ALDEIA LIMÃO VERDE


VOLEIBOL MASCULINO

1.º LUGAR – ALDEIA LAGOINHA
2.º LUGAR - ALDEIA BANANAL
3º LUGAR – ALDEIA ÁGUA BRANCA
4.º LUGAR - ALDEIA LIMÃO VERDE

VOLEIBOL FEMININO

1.º LUGAR – ALDEIA ÁGUA BRANCA
2.º LUGAR - ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR – ALDEIA IPEGUE
4.º LUGAR - ALDEIA LIMÃO VERDE

FUTEBOL DE CAMPO MASCULINO

1.º LUGAR – ALDEIA LIMÃO VERDE
2.º LUGAR - ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR – ALDEIA ÁGUA BRANCA
4.º LUGAR - ALDEIA IPEGUE

FUTEBOL DE CAMPO FEMININO

1.º LUGAR – ALDEIA LAGOINHA
2.º LUGAR - ALDEIA IPEGUE
3º LUGAR – ALDEIA BANANAL
4.º LUGAR - ALDEIA LIMÃO VERDE

FUTSAL MASCULINO

1.º LUGAR – ALDEIA BANANAL
2.º LUGAR - ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR – ALDEIA ÁGUA BRANCA
4.º LUGAR - ALDEIA LIMÃO VERDE

FUTSAL FEMININO

1.º LUGAR – ALDEIA IPEGUE
2.º LUGAR - ALDEIA LAGOINHA
3º LUGAR – ALDEIA ÁGUA BRANCA
4.º LUGAR - ALDEIA LIMÃO VERDE

RESULTADO PARCIAL

ALDEIAS TOTAL DE PONTOS
1.º LUGAR – ALDEIA LAGOINHA 163
2.º LUGAR - ALDEIA BANANAL 102
3º LUGAR – ALDEIA IPEGUE 79
4.º LUGAR - ALDEIA LIMÃO VERDE 68
5.º LUGAR – ALDEIA ÁGUA BRANCA 52

Agência de Comunicação Social

terça-feira, 26 de maio de 2009

Jopoin será neste final de semana na Aldeia Lagoinha

O Governo Municipal de Aquidauana, realiza neste final de semana a quinta edição dos Jogos dos Povos Indígenas (JOPOIN), organizados pela Fundação de Esportes do Município de Aquidauana (FEMA).

Os jogos terão início no dia 29 de maio. A solenidade de abertura está marcada para às 18h30. Os jogos prosseguem no dia 30, das 7 horas às 19 horas e no dia 31, das 7 horas às 12 horas.

As competições serão realizadas na Escola Estadual Marcolino Lili, tendo como objetivo, promover através do esporte, a integração dos povos indígenas e aldeias do município.

Cerca de 800 atletas das nove aldeias do município, com idade acima de 14 anos, devem participar das competições que serão realizados na Aldeia Lagoinha. As modalidades disputadas serão arco e flecha, cabo da paz, lança, futsal, futebol de campo, malha, atletismo e voleibol.



Fonte: Agência de Comunicação Social

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Indígenas na Oca têm produtos mais valorizados


ACS

“Cada vez mais o prefeito tem cobrado cuidado com vocês”, revelou o gerente de Produção e Meio Ambiente Mauro Luiz Batista no momento em que o prefeito Fauzi Suleiman (PMDB) entregava camisetas as indígenas que ora comercializam seus produtos nas ocas da Estação Ferroviária. A entrega aconteceu neste domingo (24), antes da passagem do Trem do Pantanal.

“Hoje estamos entregando camisetas a vocês, isso é um pequeno detalhe. O local que vocês estão instalados também significa a quebra de um ciclo de humilhação que vocês viveram por muito tempo”, lembrou o prefeito Fauzi, referindo-se a situação em que se encontravam as estradas das aldeias, até pouco tempo atrás. “Eu me lembro de ter ido ao Buritizinho, um pouco antes da festa do dia do Índio, ano passado, e ouvi muitas reclamações de que os ônibus não chegavam até a aldeia, devido à má conservação das estradas”.

O diretor/presidente da Fundação de Cultura Luiz Carlos Cabral informou que as camisetas foram feitas e estavam sendo distribuídas conforme lista repassada pelo cacique Mauro. Conforme antecipou o gerente Mauro, elas visarão a melhor organização do grupo. Alguns indígenas manifestaram alegria pela melhoria. “A população está valorizando mais nossos produtos”, disse Yara, da Aldeia Limão Verde.

Os 12 mil indígenas representam 20% da população aquidauanense “Um povo que tem uma história bonita, que tem que ser copiada. Vários pilares sustentam a cidade, dentre eles o povo pantaneiro e o povo indígena, nós somos apenas uma extensão dessa organização de vocês”, concluiu o prefeito Fauzi.

Agência de Comunicação Social

sexta-feira, 22 de maio de 2009

MS: índio aquidauanense pode ser nomeado chefe da Funai

A Funai (Fundação Nacional do Índio) prometeu às lideranças indígenas do Mato Grosso do Sul avaliar a possibilidade de nomear Joãosinho da Silva como chefe do órgão no estado.

Anteontem (18), um grupo de 60 índios da etnia Terena invadiu a sede do órgão em Campo Grande para pressioná-lo a apressar a indicação do novo titular do cargo.

Silva está à frente da Funai no MS, como chefe substituto, desde fevereiro deste ano. O ex-titular do cargo, Claudionor Miranda, foi afastado em novembro de 2008, depois que uma sindicância apontou irregularidades em sua administração.

O anúncio de que a direção da Funai, em Brasília, vai analisar a efetivação de Silva no cargo é uma resposta à ocupação da sede do órgão em Campo Grande. Depois de serem informados que a reivindicação seria analisada, os índios deixaram o prédio.

A Funai avisou, no entanto, que não há prazo para a avaliar a nomeação de Silva ou indicar outra pessoa para o cargo.

Segundo Silva, que também é um Terena, os índios cobram a nomeação dele como titular porque há rumores de que seria enviada outra pessoa para ocupar a chefia da Funai no estado. "Eles [os índios] entendem que o cargo de administrador está vago e que há a possibilidade de um estranho, um branco, ocupar a chefia", disse.

A nomeação de um chefe titular para a Funai em MS facilitaria o estabelecimento de parcerias com o governo estadual e com as prefeituras da região, avalia Silva.

A Funai é responsável, no Mato Grosso do Sul, por 40 aldeias de cinco etnias, onde vivem aproximadamente 30 mil índios.

Fonte: aquidauananews

segunda-feira, 18 de maio de 2009

CG: cacique de Aquidauana participa de invasão da Funai

Campo Grande News

Em protesto pela indefinição de quem será o futuro comandante regional da Funai (Fundação Nacional do Índio), um grupo com 18 caciques invadiu e ocupa o prédio do órgão em Campo Grande por tempo indeterminado. Outros caciques também devem se unir ao grupo.

O cacique Alcery Marques, da etnia Terena, de Aquidauana, diz que eles permanecerão no local até obterem uma resposta do presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira. Os ocupantes afirmam que as seis etnias e todos os municípios da região de Campo Grande estão representados nesta comissão.

Segundo Marques, os índios querem a efetivação de Joãozinho da Silva que está interinamente no comando do órgão em Campo Grande. A condição de interino seria um fato limitador à atuação do presidente substituto. “Estamos há seis meses com administrador substituto. Ele não tem como fazer parceria, ele fica sem ação”, afirmou.

Durante o período de ocupação, os funcionários ficam impedidos de entrar. Trabalham no prédio da Funai de Campo Grande cerca de 40 funcionários, alguns deles terceirizados. Vários ficaram na calçada, esperando a desocupação que não deve acontecer tão cedo.

Esta foi a segunda invasão somente neste mês (em abril também houve ocupação do prédio). A fundação está sem titular desde a demissão do antigo presidente, Jorge Antônio das Neves.

Desta vez, não houve violência por parte dos índios. Os funcionários anteciparam a chegada dos índios e desocuparam o prédio.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

“Não temos uma verdadeira escola indígena”, diz educador

Alex Mello

Fazendo mestrado na área da educação na Pontífice Universidade Católica, PUC, de São Paulo, o professor terena Paulo Baltazar teve uma participação destacada no I Fórum Sobre a Questão Indígena Terena. Como os demais participantes, elogiou a iniciativa da Gerência de Educação, GEMED, de propor um debate aberto sobre as questões mais cruciais da educação indígena. Sua palestra versou sobre “território”, por ele definido como “único lugar onde os índios tem autonomia”. Daí, a necessidade de mantê-lo e fortalecê-lo.

Baltazar fez uma crítica contundente ao falar especificamente da educação. “Não temos uma verdadeira escola indígena”, disse. Mesmo reconhecendo os esforços e o respeito pela causa indígena de parte dos professores não índios que atuam nas escolas das aldeias, ele observou que o modelo escolar em vigência é o “modelo branco”. “Não há diferença”, ressaltou.

Talvez a resposta mais objetiva a essa questão tenha sido dada pela professora doutora Onilda Sanches, da UEMS. Segundo ela o problema maior é a ausência de letramento específico. Na sua percepção é fundamental que haja produção de textos na língua terena. Uma das únicas referências é o texto “O Tuiuiú e o Sapo”. Esse desafio, contudo, é extremamente complexo, pois esbarra em questões ideológicas e culturais. “Há um longo caminho a ser percorrido para que o ensino da língua terena seja frutífero”, disse.

Embora reconhecendo que os ideais propugnados por Baltazar e Onilda envolvem questões complexas, a Gerente de Educação, professor Luzia Cunha, acredita que esses ideais se estabelecerão no seu devido tempo. A GEMED tem dado a sua contribuição. A existência de um setor específico para a educação indígena, em sua estrutura, dirigido pelo professor Arcenio Francisco Dias, foi uma das primeiras decisões do órgão. “É um avanço significativo”, na opinião dos preletores do evento.

Agência de Comunicação Social

sábado, 2 de maio de 2009

Aquidauana será a capital terena, diz Prefeito Fauzi

FM PAN - Alex Mello

ACS

Discutir as principais necessidades da etnia terena, especialmente na área da educação. Esta foi a maneira que a Gerência de Educação de Aquidauana, dirigida pela professora Luzia Cunha, encontrou para fechar as comemorações alusivas à Semana do Índio.

O I Fórum sobre a Questão Indígena Terena”, com o tema “A trajetória do povo terena em Aquidauana”, aconteceu na noite da última sexta feira (30), no anfiteatro do CEUA (UFMS).

Na abertura do evento o professor Arcenio Francisco Dias, chefe do setor de educação indígena da GEMED, expôs sobre a realidade da educação indígena, hoje, e sobre as lutas desenvolvidas para a inserção dos conteúdos de arte e cultura e língua terena nos currículos escolares das escolas das aldeias.

Seus conterrâneos Alcery Marques, cacique da Aldeia Lagoinha e Célio dos Santos Francisco, diretor da Coordenadoria dos Assuntos Indígenas, relataram sobre os resultados das conferencias local e regional sobre educação escolar indígena, preparatórias para a I Conferência Nacional, que acontecerá de 21 a 25 de setembro, em Brasília.

Representando o setor da pesquisa acadêmica as professoras doutora Onilda Sanches, da UEMS, e mestre Vera Lucia Vargas, da UFMS, trabalharam enfoques de áreas específicas. Onilda ressaltou que embora a língua terena seja uma língua completa, ainda é oprimida pela língua portuguesa, por causa da ausência de material.

Vera, que atua na área de história, discorreu sobre a trajetória da etnia, para mostrar a sua importância regional. Num dos momentos mais importantes do Fórum citou documento de Horta Barbosa, datado de 1927, segundo o qual “os terenas foram o braço” do município.

Em noite histórica para aquidauana, o Fórum mostrou o avanço da nação terena na luta por vozes representativas nos setores de formação de opinião, ao abrir espaço às palavras de Paulo Baltazar, mestrando pela PUC/SP e Wanderley Dias Cardoso, pesquisador das questões indígenas e doutorando pela PUC/RS, ambos terena.

De forma clara, sem omitir críticas ou exagerar nos elogios ao seu povo, ambos realçaram que o povo terena tem a sua memória, mas precisa de representatividade na luta por resgatá-la e preservá-la.

Último a se manifestar, o prefeito Fauzi Suleiman (PMDB) manifestou o desejo de que o Fórum desencadeie um processo de derrubada de preconceito em relação aos índios e outros grupos étnicos.

Especificamente sobre o povo terena lembrou dos esforços de seu governo para que a história terena seja contada nas escolas.

Projeto visando a inserção deste capítulo está sendo desenvolvido em parceria com a UFMS.

Fauzi lembrou ainda que as mãos terena marcaram a história de Aquidauana - citando como exemplos a implantação do telégrafo e dos trilhos da noroeste e a participação na Guerra do Paraguai - e continuam marcando, hoje, na produção de alimentos.

E como o evento requeria um fechamento com “chave de ouro” o chefe do executivo aquidauanense arrematou:

“Vamos nos empenhar para transformar Aquidauana na capital terena”.

Agência de Comunicação Social