Quase 10% da lista suja do trabalho escravo são de MS
Agência Brasil
Alojamento precário encontrado pelo MPT em operação contra o trabalho escravo em MS (foto: Arquivo/MPT)Quase 10% dos registros da lista suja do trabalho escravo divulgada nesta segunda-feira (5) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) são de Mato Grosso do Sul. De um total de 152 empregadores flagrados pela contratação e manutenção de trabalhadores em situação análoga à escravidão, 14 são de Mato Grosso do Sul.
A lista tem atualização semestral. No novo ranking do levantamento, Mato Grosso do Sul ocupa a quinta colocação em número de registros, de um total de 15 estados que são citados, atrás apenas do Pará, com 40 empregadores na lista, seguido pelo Tocantins, com 24, do Maranhão com 20 e de Goiás com 15.
O mais recente registro de Mato Grosso do Sul na lista é de usina de cana-de-açúcar em Brasilândia, que foi atuada pela fiscalização do Ministério do Trabalho em julho do ano passado por manter 1.011 trabalhadores em situação análoga a escravidão. Entretanto, o Estado possui registros bem mais antigos, que datam de 2006.
Além de uma usina sucroenergética estão na lista negra do trabalho escravo no Estado, carvoarias e propriedades rurais. Para que empregador tenha o nome excluído do cadastro, é necessário que, por dois anos, contados a partir da inclusão, ele tenha corrigido irregularidades identificadas durante inspeção da fiscalização do Ministério do Trabalho.
Quem tem o nome incluído na lista suja fica impossibilitado de obter financiamento em instituições públicas ou privadas. O cadastro é atualizado semestralmente e são incluídos nomes dos empregadores que não têm mais como recorrer na Justiça. São mantidos no cadastro aqueles que não quitam as multas de infração e casos de reincidência. Na relação, há propriedades incluídas desde 2004.
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