Alimentação saudável colabora na prevenção da doença
O número de pessoas com Alzheimer pode estar diminuindo, segundo a última Alzheimer’s Association International Conference (AAIC), um dos mais importantes encontros sobre o tema, realizado no mês de julho, em Boston (EUA). A redução do número de casos está relacionada, entre outros fatores, à qualidade de vida. Os estudiosos acreditam que a população, nos últimos 30 anos, aderiu a hábitos mais saudáveis, como praticar exercícios físicos e se preocupar com a alimentação.
O médico nutrólogo especialista em geriatria Nelson Lucif, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), afirma que a prevenção do Alzheimer deve começar mesmo antecipadamente − ao menos 20 anos antes da idade de risco (a partir dos 60). Embora exista forte tendência genética para o desenvolvimento do Alzheimer, a má alimentação está entre os processos metabólicos que conduzem a essa doença degenerativa. Dietas ricas em açúcar, sal, gorduras saturadas e produtos industrializados, em geral, são as grandes vilãs, podendo tanto aumentar o risco como piorar o quadro de quem já sofre com a doença. “A dieta ideal para o paciente é a mais natural possível, com vegetais, frutas, carnes magras e grãos integais”, diz o nutrólogo.
O trigo e seus derivados são excelentes aliados nessa prevenção, especialmente os integrais. Mas nem precisa ser tudo: se 50% dos grãos forem integrais, segundo Lucif, isso já significa um grande avanço no cardápio. O pão do café da manhã pode ser rico em grãos e cereais integrais, ao passo que a massa do almoço pode ser aquela de sempre, com um molho natural, e assim por diante. O mais importante é que a dieta do idoso tenha uma continuidade: “Estabelecer uma rotina alimentar cotidiana, ligada a hábitos saudáveis, é o principal”, diz o nutrólogo.
Postado por Carlos PAIM